sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Como os óleos essenciais atuam em nosso estado físico e emocional

Os óleos e seus aromas desempenham um papel importante em nossas emoções, por causa da originalidade e distinção do olfato, entre todos os outros sentidos, para provocar impactos sobre o nosso estado emocional, e isso porque existe uma conexão direta entre ele e o centro emocional do cérebro, ou seja, o sistema límbico, que além das emoções controla também as principais funções do corpo.
Os aromas que são relembrados (sejam eles de maneira consciente ou inconsciente) produzem efeitos tanto positivo como negativo, por isso, as emoções que um aroma desperta podem ser distintas em diferentes pessoas, conforme as experiências passadas de cada uma. Por exemplo, um homem poderá fazer associações prazerosas com o odor de um batom, caso o tenha vivenciado previamente numa noite romântica, no entanto, a emoção que vier á tona poderá ser desagradável, caso a experiência com esse batom tenha sido com um copo sujo num restaurante. 
            Os óleos essenciais penetram em nosso corpo principalmente por inalação e absorção através dos poros da pele (não usar puros, exceto lavanda e tea-tree e sim com um carregador, podendo ser um óleo vegetal, de preferência prensado a frio, devido suas propriedades).


Para uma melhor compreensão vamos entender um pouco melhor como ocorre esse processo.




OLFATO
A respiração é uma das técnicas de relaxamento mais eficazes. Inspirar profundamente e soltar o ar não apenas acalma, mas desencadeia efeitos fisiológicos que estimulam a liberação de endorfinas (substâncias que produzem a sensação de bem estar) e minimiza a produção de cortisol, o hormônio do estresse.
As moléculas dos óleos essenciais após penetrarem no nariz podem seguir dois caminhos simultaneamente: a maioria dirige-se inevitavelmente para o pulmão e as outras seguem para o cérebro.
No pulmão, as moléculas dos óleos essenciais provocam imediatamente um efeito físico e são capazes de atingir a corrente sanguínea que as distribuirá por todo o corpo, onde podem ter efeitos sobre qualquer orgão por onde passam.

Caminho percorrido pelos óleos essenciais:

Recepção: ao serem aspiradas pela narina as moléculas dos óleos essenciais são aquecidas, umidificadas e captadas pelos receptores do epitélio olfativo. Cada molécula é captada por um sitio receptor, iniciando-se uma sequência de reações químicas e originando impulsos elétricos.
Transmissão: após a recepção, as moléculas odoríferas são eliminadas. Neste momento as informações olfativas passam a ser transmitidas ao cérebro através dos neurônios olfativos.
Identificação: as informações chegam ao rinencéfalo, onde em uma de suas estruturas, o bulbo olfativo, ocorre a percepção e identificação do aroma e através de sinapses, as informações são retransmitidas o Sistema Límbico.


Dentro do Sistema Límbico (conjunto de estruturas responsáveis por diversos mecanismos do corpo humano), acontece o reconhecimento da informação. A amígdala é responsável pelas sensações de prazer e sofrimento, pela emoção. O hipocampo cuida da memória de fatos recentes e aprendizado. O hipotálamo controla a secreção hormonal, que influencia nosso humor, emoções e comportamentos.





        O número de moléculas que chegam ao cérebro depende do quão profundamente respiramos, assim, quando a respiração é normal, é sempre pequena a quantidade de moléculas que atingem os delgados “cabelos” esses mesmos que transmitem sinais ao cérebro por vias das células receptoras e do bulbo olfativo (figura abaixo). Entretanto, quando a respiração é profunda, ocorre um estímulo que carrega os óleos essenciais diretamente para o topo do nariz, fazendo com que uma quantidade maior de moléculas seja aprisionada pelos cílios, por conseqüência, o cérebro acaba apreendendo um aroma muito mais intenso. 




        Assim fica mais fácil entender porque quando inalamos algum aroma temos reações inesperadas de felicidade ou tristeza, nostalgia, humor e comportamento.

PELE
Uma de suas funções é manter o corpo protegido de substâncias não desejadas. É formada pela epiderme (camada mais externa, formada por células vivas e mortas), derme (camada intermediária, mas grossa, com nervos, glândulas sudoríferas e sebáceas, folículos capilares, veias sanguíneas e vãos linfáticos) e pela hipoderme, uma camada gordurosa.



   Provavelmente, os óleos essenciais penetram na pele pelos dutos das glândulas sudoríferas e ao redor das células mortas da camada externa da epiderme. Porém, ao contrário do evento do ato de suar, a penetração dos óleos essenciais na pele é um ato passivo, por simples difusão, pelo simples contato com a pele. Em sua maioria, os componentes de um óleo essencial são lipossolúveis, o que os torna fáceis de penetrar na pele. Se a área sobre a qual o óleo foi aplicado ( misturado a um creme base ou óleo vegetal ) é massageada, a absorção aumenta  pelo efeito do fluxo sanguíneo.

Fonte: Aromaterapia e as emoções



Aromas que fazem bem à saúde

Em 2009, cientistas no Japão divulgaram a primeira evidência científica de que a inalação de determinadas fragrâncias alteram a atividade genética e a química sanguínea de forma a reduzir os níveis de estresse.

Na pesquisa, Akio Nakamura e seus colegas ressaltam que as pessoas usam o cheiro de determinadas plantas desde a mais remota antiguidade para reduzir as tensões emocionais, para reduzir inflamações, combater a depressão e também para induzir ao sono.

A aromaterapia, o uso de óleos de plantas aromáticas para melhorar o humor e a saúde, transformou-se em uma forma de medicina alternativa bastante popular também na atualidade.

O linalol é uma das substâncias mais utilizadas em todo o mundo para reduzir a tensão emocional e o estresse. Mas, até agora, os efeitos exatos do linalol sobre o organismo humano permanecia como um mistério.

                                                    
                                                 Bases científicas da aromaterapia           
Para tentar descobrir as bases fisiológicas do funcionamento da aromaterapia, os cientistas expuseram ratos de laboratório a condições estressantes. Um grupo dos animais foi submetido a essas situações inalando o linalol, enquanto outro grupo passou pelas mesmas experiências sem o aroma.

O estresse eleva os níveis dos neutrófilos e linfócitos, partes essenciais do sistema imunológico. O linalol fez com que esses neutrófilos e linfócitos retornassem a níveis praticamente normais.

A inalação do linalol também reduziu a atividade de mais de 100 genes cuja atividade é incrementada em situações estressantes.

As descobertas estabelecem a base para a criação de novos testes sanguíneos que ajudem a identificar os aromas que produzem os melhores resultados para cada tipo de tratamento, sobretudo para o tratamento do estresse e de outros distúrbios emocionais, como depressão e problemas de sono, dando uma dimensão definitivamente científica para a aromaterapia.


Fonte: Diário da Saúde

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